google-site-verification: googleda986d7809efab7d.html CONGREGACIONAL da SILVA: 2015

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O PROJETO DE DEUS PARA A IGREJA - O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS. PARTE 4 - Os ministérios de todos nós!

               Anteriormente escrevi sobre o ministério que o Senhor deu a todos nós, SER TESTEMUNHAS E PROCLAMADORES, e, dentro do Propósito Eterno de Deus que é, TER UMA FAMÍLIA DE FILHOS SEMELHANTES A JESUS PARA A SUA GLÓRIA, esse ministério nos foi dado para multiplicarmos a vida de Cristo. É através da proclamação e testemunho que se dá a multiplicação! Esse é o trabalho de todos nós que fomos batizados em Cristo, e não apenas de algumas pessoas muito hábeis. Para esse trabalho, o Senhor capacitou a todos nós (At 1. 8). Só para relembrar, o Propósito Eterno de Deus inclui UNIDADE, MULTIPLICAÇÃO E EDIFICAÇÃO. Como o trabalho da igreja é multiplicar a vida de Cristo, isso se dá através dos MINISTÉRIOS COMUNS A TODOS OS SANTOS, que são TESTEMUNHAS (proclamadores) e JUNTAS E LIGAMENTOS. Neste artigo, estudaremos sobre juntas e ligamentos. 
           Multiplicamos a vida de Cristo proclamando e edificando. Juntas e ligamentos é o ministério que Deus dá a todos os santos para a edificação do Corpo de Cristo (Igreja). JUNTAS E LIGAMENTOS NO CORPO DE CRISTO SÃO RELAÇÕES FORTES E RESISTENTES ENTRE OS MEMBROS. Através desses relacionamentos ou vínculos, o Corpo recebe todo o suprimento que vem de Deus, como diz Paulo em sua carta aos colossenses 2. 19: elas não estão ligadas a Cristo, que é a cabeça. Cristo controla o corpo todo, alimentando-o e mantendo unido por meio das juntas e ligamentos, e assim o corpo cresce como Deus quer que cresça. 
            Espero que ninguém se ofenda com a pergunta que vou fazer. Nossas igrejas são como um corpo unido e bem vinculado por juntas e ligamentos ou são um amontoado de membros? Congregar é mais que ter o nome no rol de membros, é mais que participar de reuniões dominicais e de meio de semana. Congregar é ter vínculo uns com os outros através das JUNTAS E LIGAMENTOS, e, sem isso, somos um amontoado de membros e não um CORPO VIVO. No Corpo de Cristo (Igreja) não deve haver brechas. PESSOAS ISOLADAS SE TORNAM BRECHAS POR ONDE ENTRA O DIABO! O que os membros do corpo fazem entre uma reunião e outra, é mais importante que o que fazem nas reuniões.
            Então, Paulo comparou a igreja ao o corpo humano? Sim. E o que é isso que ele chama de JUNTAS E LIGAMENTOS no Corpo de Cristo? Efésios 4. 16: ...do qual todo o corpo bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.
            Paulo não inventou ou criou as juntas e ligamentos. Ele olhou para o exemplo de Jesus. Ele copiou o que Jesus fez e ensinou outros a fazerem o mesmo. E o que Jesus fez?
            JESUS ESTABELECEU AS PRIMEIRAS JUNTAS E     LIGAMENTOS DA IGREJA (Mc 3. 14; Lc 10. 1). Ele chamou doze homens para estarem com Ele, andarem com Ele, seguirem a Ele, e, em três anos e meio, Ele os ensinou, Ele os DISCIPULOU. Vemos aí o primeiro vínculo, o primeiro ajuste, a primeira junta e ligamento, o DISCIPULADO! Depois, Jesus chamou 72 discípulos e os enviou de dois em dois, estabelecendo assim outro vínculo, outra junta e ligamento, o COMPANHEIRISMO! Como foi que perdemos de vista essas coisas tão simples? A edificação da igreja, o suprimento da igreja vem através do discipulado e companheirismo, que são as juntas e ligamentos do Corpo de Cristo, a Sua Igreja. 
           

                                     DISCIPULADO

           
 O discipulado é um relacionamento forte, um vínculo resistente entre dois irmãos. NÃO HÁ DISCIPULADO SEM RELACIONAMENTO, simplesmente porque não é um método, é um estilo de vida da igreja. Para que haja discipulado, o discipulador precisa estar disponível e disposto a servir, precisa ser um modelo, um exemplo a ser seguido. O discipulador dá a Palavra, dá o seu tempo, dá a si mesmo, dá o exemplo. Não devemos confundir "reunião de discipulado" com o discipulado! O discipulado acontece principalmente fora das reuniões. 
            O discipulador deve ser santo como Jesus, manso e humilde como Jesus, servir como Jesus, amar como Jesus, perdoar como Jesus, pregar como Jesus (1 Co 11. 1). Quem discipula não é uma autoridade em si mesmo, assim, não deve impor seus gostos pessoais, mas deve dar a Palavra e o exemplo. Aquele que discipula é um servo.

                                     COMPANHEIRISMO

             
Jesus demonstrou que não queria que alguém trabalhasse sozinho na sua seara (Lc 10. 1; Mt 21. 1-2; Lc 22. 7-8), e os discípulos aprenderam a lição, tanto que, após a descida do Espírito Santo, eles continuaram trabalhando assim (At 3. 1; 13. 1-3). O companheirismo também é um relacionamento forte e resistente que une o Corpo de Cristo. O companheirismo pede compromisso entre os irmãos. O que acontece no companheirismo? Os dois oram juntos, se aconselham mutuamente, exercitam a paciência, o perdão, cuidam um do outro e pregam o evangelho. Nesse relacionamento, os irmãos aprendem a se sujeitarem, a serem transparente, aprendem a honrar um ao outro e a perdoar. Devemos nos submeter uns aos outros, mas com certeza é mais fácil se submeter ao discipulador, pois o vemos como alguém mais maduro. Já a submissão ao companheiro exige mais de cada um, exige mais renúncia e mais negação de si mesmo, e, assim aprendemos a nos sujeitarmos a todos os irmãos.
              O sacerdócio de todos os santos é exatamente os serviços que todos nós prestamos na seara do Senhor. É testemunhar proclamando o evangelho do reino e servir nas juntas e ligamentos do Corpo de Cristo que são discipulado e companheirismo. Dessa forma, cooperamos com Deus no cumprimento do seu Propósito Eterno.

Por Helmo Albuquerque
   

         

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O PROJETO DE DEUS PARA A IGREJA - O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS. PARTE 3 - Os ministérios de todos nós!

                     No artigo anterior, escrevi que o "sacerdócio de todos os santos" é a estratégia de Deus para que a igreja cumpra o Propósito Eterno, que é "uma família de filhos semelhantes a Jesus para a sua glória". Dentro do propósito está incluso a UNIDADE (uma família), a MULTIPLICAÇÃO ( filhos) e a EDIFICAÇÃO (semelhantes a Jesus). Esta é a obra da igreja, é o trabalho dos discípulos, é a labuta dos crentes, é o serviço dos santos, de todos os santos. 
             Os irmãos que tocam instrumentos musicais e cantam na igreja, certamente ajudam a embelezar os nossos ajuntamentos, mas eles não podem dizer que fazendo essas coisas, estão cumprindo o seu ministério. Tocar e cantar ajuda no ministério, porém, não são o ministério.
              São dois os ministérios comuns a todos os santos - ser testemunha (proclamar) e servir nas juntas e ligamentos do corpo (discipulado e companheirismo).


                 MINISTÉRIO DE TESTEMUNHAR 

                               E PROCLAMAR


                Atos 1. 8: Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra".
                          2 Coríntios 5. 20: Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus.
                 1 Pedro 2. 9: Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.
               Todos os que creram, se arrependeram e foram batizados, sim, todos, sem exceção, são chamados e vocacionados por Deus para testemunharem diante dos homens e proclamarem as virtudes de Jesus a eles. Esse chamado não é apenas para pastores e missionários, é para todos os salvos. Todos somos chamados para pregar o evangelho, todos somos missionários! Os irmãos que contribuem com o seu dinheiro para a obra missionária, certamente estão fazendo algo maravilhoso, porém, isso não lhes isenta de testemunharem e proclamarem na sua localidade.
                Quando é que o Propósito Eterno começa na vida de uma pessoa? Certamente quando ela crê no testemunho e na proclamação. A pregação que fazemos determina o tipo de convertido que teremos. Tudo começa pela proclamação! Entretanto, muitos têm pregado o evangelho do mundo, o qual eu chamo também de "evangelho de satanás". Mundano, satânico, e, tem produzido crentes tão sujos e mundanos como nunca se viu antes na história protestante. Temos que anunciar o Evangelho do Reino de Deus.
                 O que é o Evangelho do Reino? Evangelho significa "boas notícias" e reino é "governo". Assim, Evangelho do Reino são as boas notícias do governo de Deus sobre os homens. É a proclamação da vida e obra de Jesus e o seu senhorio sobre nós. O território onde Deus não reina chamamos de "reino das trevas". O território onde o Reino de Deus ou o reino das trevas se estabelece é a mente e coração dos homens. 

                 Que tipo de evangelho temos semeado? Temos anunciado a Porta Estreita e o Caminho Apertado ou a porta e o caminho largos? E os frutos que temos colhido, são bons ou ruins? Débeis ou fortes? O evangelho que anunciamos vai determinar se teremos apenas "crentes" ou verdadeiros discípulos de Jesus. "SE PREGARMOS SALVAÇÃO SEM AS CONDIÇÕES PARA SEGUIR A CRISTO, NÃO FORMAREMOS VERDADEIROS DISCÍPULOS!"
                 Os apóstolos anunciaram Jesus como o Senhor absoluto (KYRIOS), e esta palavra aparece mais de 600 vezes no Novo Testamento, referindo-se a Ele. Na primeira pregação após a descida do Espírito Santo, Pedro declarou, "a este Jesus a quem vós crucificaste, Deus o fez SENHOR e Cristo" (At 2. 36). É preciso confessar a Jesus como o Senhor absoluto (Rm 10. 9), crê em Jesus como o Senhor (At 16. 31). "SÓ A PREGAÇÃO QUE APRESENTA JESUS COMO SENHOR ABSOLUTO, PODE TRAZER VERDADEIRA SALVAÇÃO!"

                Muitos de nós temos incorrido no erro de anunciar um evangelhozinho centralizado no homem e suas necessidades e não em Deus. Anuncia-se ofertas e bençãos e não renuncia e cruz. MUITA GENTE ESTÁ NA IGREJA POR MEDO DO INFERNO, MAS O DISCÍPULO ESTÁ EM CRISTO PORQUE AMA A ELE MAIS DO QUE A SI MESMO!
               O Propósito Eterno de Deus exige "filhos semelhantes a Jesus para a sua glória". Se o padrão é tão exigente assim, o evangelho que pregamos também deve ter alta exigência. O ARREPENDIMENTO É UMA MUDANÇA DE ATITUDE, DE MENTE, UMA MUDANÇA INTERIOR. O evangelho das "bençãos" muda algumas coisas no homem, mas não o transforma de dentro para fora. Veja a exigência do verdadeiro Evangelho: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, pois Ele subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz (Fp 2. 5
-8)." Tudo isto está plenamente de acordo com as palavras de Jesus em Marcos 8. 34-35 e Lucas 14. 25-33.

                O Plano Eterno de Deus começa pela verdadeira pregação (kerigma), que é o Evangelho do Senhorio absoluto de Jesus. TODOS SOMOS VOCACIONADOS POR DEUS PARA PROCLAMARMOS ESTE EVANGELHO!

Por Helmo Albuquerque

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

160 ANOS DE CONGREGACIONALISMO

 160 anos de história - que maravilha!!! É muita história pra contar.
Sou feliz como um Congregacional, por ter nascido em um lar congregacional, sim, sou Congregacional de berço e desde pequenino aprendi que "congregacional" não é apenas uma nomenclatura, é uma ideologia, um estilo de vida. Logo cedo entendi que o congregacionalismo é muito mais do que aquilo que vejo na prática, e o que vejo? Um excesso de leis que atentam contra a tão sonhada autonomia das igrejas. Mas a nossa história é muito bonita - LOUVADO SEJA DEUS POR EXISTIRMOS EM CRISTO JESUS!!!
       Recebi o jornal O Cristão (ano 124) que trata dos 160 anos de congregacionalismo no Brasil. Uma linda capa com a foto do Dr.Kalley, as notícias das associações, mas me interessei particularmente pelos pensadores da nossa UIECB, gente que forma opinião, e alguns deles escreveram excelentes artigos que expressam o modo de ver e ser congregacional de cada um deles.
      O primeiro artigo que ressalto é do irmão Rogério Alves Barrozo, que tem por título "Saudades de um congregacionalismo que não vivi". Gostei muito das coisas que ele escreveu, coisas que também sinto falta no nosso povo, como o "Sinto saudades de um congregacionalismo inflamado pelo amor aos perdidos! O evangelismo era a característica das nossas igrejas em sua origem, feito inicialmente através do trabalho incansável de colportagem, sempre com o objetivo de pregar o evangelho ao povo brasileiro."  Isso me fez lembrar das histórias que a minha mãe conta sobre o meu avô, de como ele se arriscava pelos sertões de Sergipe, vendendo bíblias e pregando o evangelho, sofrendo ameaças do terrível Frei Damião. As´bíblias, muitas vezes ele dava de graça porque as pessoas não tinham dinheiro para comprar. Era um tempo em que os congregacionais pregavam o evangelho, todos pregavam, não somente pastores e "missionários", todos sabiam que eram missionários e cumpriam sua missão. Tínhamos igrejas com mais de 300 membros, mas que hoje mal passam de 100 membros. Como não sentir saudades de um tempo assim? O irmão Rogério destacou também que sente falta da nossa "relevância na sociedade", do nosso "espírito pioneiro e vanguardista", e da "simplicidade" já a muito perdida, e, particularmente também não gosto de "viver no emaranhado de leis e documentos". Sem dúvida o irmão Rogério anseia por mudanças, por um congregacionalismo em que cada um de nós manifeste a superabundante graça de Jesus.
        Outro bom artigo é o do irmão Neucir Valentim, "O que é ser Congregacional?" onde ele ressalta a nossa forma de governo que é transparente na administração, o povo tem voz e vez nas igrejas locais, ressalta também a nossa liturgia que de um modo geral é viva e não engessada, diz também que os nossos pastores são submissos ao código de ética e a supervisão da União. Ele fala dos 28 artigos da breve exposição doutrinária, mostrando que estamos fundamentados sobre eles. Particularmente, acho que alguns desses 28 artigos precisam ser revistos sob a luz dos ensinos apostólicos. Percebo no artigo do irmão Neucir o orgulho de ser Congregacional, o que também compartilho.
         O terceiro artigo é o do irmão Antônio Carlos Ramos - nele percebo uma pessoa feliz e orgulhosa de ter se tornado um Congregacional. Ele tem uma visão muito positiva do nosso congregacionalismo. Ressalta coisas boas tais como, "é ser crente de verdade", "é ter história pra contar", "é estar convencido de que se não negociam valores e princípios", no que concordo plenamente com ele. Mas também vejo um homem conformado e que teme mudanças, e, acho que ele reflete o pensamento que os nossos pastores em sua maioria demonstraram na última Assembléia Geral. Ele fala de uma quase estagnação, mas segundo um relatório feito na última Assembléia Geral, perdemos cerca de 40 mil membros segundo o ultimo censo, e que, se continuarmos assim, nos próximos 50 anos não existiremos mais. Não me parece que seja uma estagnação, mas um processo de extinção. Igrejas qualificadas crescem em quantidade. Elas são atraentes por preservarem a santidade na vida, a pureza doutrinária e por ser bem demonstrado o amor por Cristo e uns pelos outros.. Não compartilho do conformismo do irmão Antônio, mas, assim como ele, gosto de ser Congregacional!
        Apreciei sobremaneira o artigo do irmão Elvis Kleiber, "Repensando a Assembléia Geral"! O homem fala de "desconstrução", é assustador! Concordo que seja necessário desconstruir. Quero destacar algumas frases! "Acredito que o exercício da reflexão crítica é um poderoso e construtivo viés para fundamentar as mudanças que desejamos em nossas vidas"; "para isto discorro sobre nossa zona de conforto, a exigência das desconstruções e o tempo e o coletivismo necessário para reconstrução de um novo modelo"; "PRECISAMOS SAIR DA ZONA DE CONFORTO SEM DESCUMPRIR O ASPECTO LEGAL";  "nossa zona de conforto repousa sobre uma estrutura que se mantém sob a legalidade dos debates, aprovação de propostas e eleição de cargos e funções, mas que, ao pensarmos em novas possibilidades, nos sentimos ameaçados pela necessidade das desconstruções"; "não conseguiremos sair da zona de conforto, sem que admitamos e nos arrisquemos a ter que desconstruir"; "as leis, o que se prevê como determinação para decisões em Assembléia Geral, tornou-se para nós, uma zona de conforto que nos engessa e nos acomoda a repetirmos a mesma estrutura por várias décadas"; "RECONSTRUIR MODELOS REQUER TEMPO E COLETIVISMO";  "é necessário que enxerguemos que reconstruções pautadas sob o alicerce do respeito e diálogo com as diferenças, estará mais susceptível a continuidade do que qualquer outro modelo vinculado ao personalismo de ideias";  Compartilho com tudo o que o irmão Elvis escreveu. Na última Assembléia Geral, percebi que os que chamamos erroneamente de "leigos" estavam intimidados pela força bruta do que chamamos erroneamente de "clero". Simplesmente estavam lá, mas não participaram! Lembro que o irmão Zefanias precisou falar da mesa, admoestando os irmãos à participarem sem se intimidarem com a força bruta pastoral, no que de nada adiantou.
        Que Deus abençoe aos irmãos Rogério Alves, Neucir Valentim, Antonio Carlos Ramos e Elvis Kleiber, acrescentando em suas vidas mais graça, sabedoria, discernimento e revelação!!!

       160 anos já se vão, muito chão e muita história pra contar! Quero concluir com a letra de uma canção de Guilherme Kerr Neto:
                 Cabe agora, cabe a gente comprometer-se, 
                 arregaçar as mangas, por as mãos no arado, 
                 não olhar pra trás, vestir a camisa. 
                 É a hora, hoje é dia, comprometer-se 
                 e resgatar o tempo pra se abrir o peito, 
                 ver chegar o Reino, ver soprar o vento de Deus.                                      Proclamar em Cristo a plena salvação, 
                 pelo sangue precioso Seu perdão, 
                 e a vitória sobre a morte, ressurreição, 
                 ver raiar um novo dia, libertação!

         Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos,
ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém.
Judas 1:24,25


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O PROJETO DE DEUS PARA A IGREJA - O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS. PARTE 2

            Como falei no artigo anterior, nossas igrejas, com raríssimas exceções, funcionam em departamentos e não como um corpo vivo. Mostrei que o nosso Deus tem um Propósito Eterno para o seu povo, que é "ter uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus para a sua glória". Como Deus não faz as coisas de qualquer jeito, posso afirmar que Ele também tem uma estratégia para cumprir o seu Propósito Eterno. Essa estratégia são os passos que a igreja deve dar para cooperar no cumprimento do Propósito. Alguém já disse que a igreja é a encarnação do Propósito Eterno de Deus, no que estou plenamente de acordo. Então, como igreja, de que forma podemos participar do cumprimento do Propósito Eterno de Deus? Qual a estratégia de Deus?
          

          O sacerdócio universal de todos os santos


          1 Pedro 2.9; Atos 1.8; Efésios 4.6
         O sacerdócio universal de todos os santos é um dos pilares da Reforma Protestante e um dos princípios da Nova Aliança, do Novo Testamento. Este princípio acaba de vez com a divisão de castas na igreja. Este princípio não diferencia crentes especiais de outros crentes, não há “ungidos” e “não ungidos”, todos têm a mesma vocação. Jesus pôs fim ao sacerdócio levítico, mas a igreja insiste em restaura-lo, entretanto, não é isso que Deus quer. Ele nos deu uma nova estratégia que nos ajudará a alcançar o alvo, e ela começa pelo sacerdócio de todos os santos.
              A prova de que Deus sempre quis isto está em Êxodo 19:6. Quando Deus formou o povo de Israel, Ele queria que todos fossem sacerdotes. O povo rejeitou porque ficou com medo da presença de Deus (Ex 19:13; 20:18-20). Daí, Deus constituiu uma tribo de sacerdotes. Moisés sabia o que Deus queria, ele desejava que todo o povo tivesse o Espírito de Deus e profetizasse (Nm 11:26-30). Quando o Espírito Santo desceu e a igreja foi estabelecida, o desejo de Deus de ter uma nação de sacerdotes se cumpriu. Assim, a tradição judaica de uma “casta sacerdotal” (clero) chegou ao fim.
            O sacerdócio de todos o santos continua escondido da igreja. Nem mesmo os reformadores levaram adiante esta doutrina e as igrejas ditas reformadas não são tão reformadas assim. Precisamos de restauração e não de reformas. Não precisamos de uma maquiagem, de uma fachada bonita, precisamos mexer na estrutura da casa.
         A separação entre "clero e leigos" fere o princípio do sacerdócio universal de todos os santos. É um retrocesso, um atraso, é fazer pouco caso do sacrifício de Jesus, é quase uma negação da Sua obra. Achamos pouco e trouxemos os levitas de volta, costuramos o véu outrora rasgado pela morte de Jesus. PARA QUE O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS SE CUMPRA É NECESSÁRIO QUE TODOS OS SANTOS EXERÇAM O SEU SACERDÓCIO. Só para lembrar, o Propósito Eterno de Deus é ter uma família de filhos semelhantes a Jesus para a sua glória.


           Como se desenvolve o sacerdócio dos santos?


           Na igreja, todos os irmãos têm pelo menos dois ministérios, ser testemunhas (At 1.8; 1 Pe 2.9; 2 Co 5.20; Mt 28.18-20; Mc 16.15-16) e edificar a igreja nas juntas e ligamentos ( Ef 4.15-16; Cl 2.19). O trabalho da igreja é multiplicar a vida de Cristo, e, todos podem e devem participar disto proclamando e edificando, ganhando almas para Cristo e ajudando-as a crescerem em Cristo. 
          Pregar o evangelho todos sabemos o que é, embora nem todos façamos isto. Mas "juntas e ligamentos", o que é isso?
          Primeiro precisamos saber o que são juntas e ligamentos no corpo humano, pois Paulo se utiliza de uma linguagem humana para explicar o funcionamento do corpo de Cristo (igreja). Segundo o dicionário da língua portuguesa - ligamento é uma parte fibrosa muito resistente, que serve para ligar os ossos ou órgãos - já as juntas são articulações que formam conexões entre os ossos. Os ligamentos passam por dentro das juntas dando firmeza e resistência. Em suma, as juntas e ligamentos harmonizam o corpo humano, firmando e consolidando cada membro do corpo. E o que são juntas e ligamentos no corpo de Cristo?

           Juntas e ligamentos na igreja também são relações fortes e resistentes entre os seus membros, harmonizando-os de tal forma que produzam edificação e crescimento espiritual. Segundo Paulo, a igreja edifica a si mesma (Ef 4.16). 
           Para Ivan Baker (in memoriam), Jesus foi quem estabeleceu as juntas e ligamentos da igreja. Dentre todos os seus seguidores Ele separou doze homens para estarem com Ele (Mc 3.14) e assim, estabeleceu a primeira junta e ligamento da igreja, o DISCIPULADO. Todos na igreja devem ser discipulados, inclusive os pastores (2 Tm 2.2). O objetivo do discipulado é formar Jesus em cada discípulo (Gl 4.19) através de um relacionamento estreito, próximo. O que o discipulado não é? Não é apenas um método, é um princípio - não é uma reunião, é um relacionamento forte e resistente. Todos devem ser discipulados para poderem discipular. 
          A outra junta e ligamento, que segundo Ivan Baker, Jesus estabeleceu, foi o COMPANHEIRISMO (Lc 10.1), Ele os enviou de dois em dois. Se no discipulado temos um relacionamento mais vertical onde o mais velho ensina ao mais novo, no companheirismo temos um relacionamento mais horizontal onde os dois se responsabilizam por edificarem um ao outro. Jesus nos ordena que sejamos mansos e humildes, Ele quer que vivamos em sujeição uns aos outros, que sejamos transparentes, que nos amemos, que saibamos honrar, ser pacientes e perdoar uns aos outros. O companheirismo é a grande escola onde aprendemos tudo isso. No companheirismo os irmãos oram juntos (Mt 18.19-20), estudam a palavra juntos, pregam o evangelho juntos (Mc 6.7-12), cuidam dos discípulos juntos, servem-se (Gl 5.13), se estimulam no amor e nas boas obras (Hb 10.24) e se corrigem mutuamente.
           Jesus estabeleceu as juntas e ligamentos do corpo (discipulado e companheirismo) como ministério que são de todos os santos, para que estes ao desempenharem o seu serviço, a igreja seja edificada no padrão do Propósito Eterno de Deus que é a estatura do Varão perfeito, Jesus e para a glória dEle. 
          Pregar o evangelho e servir nas juntas e ligamentos são o Sacerdócio de Todos os Santos!

Por Helmo Albuquerque

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O PROJETO DE DEUS PARA A IGREJA - O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS. PARTE 1

           Na vida colocamos metas, alvos, propósitos, traçamos planos. Deus também trabalha assim, aliás, nós aprendemos com Ele. Mas para a igreja, Deus já tem um plano bem definido que é o Seu Propósito Eterno.
        Percebemos que algumas igrejas são bem organizadas como uma empresa, outras, nem tanto, e poucas, pouquíssimas são de fato um organismo vivo. Funcionamos em departamentos que vão empurrando a igreja, mas que não faz dela um organismo vivo. Isso se dá por não sabermos exatamente o que Deus quer. E o que Deus quer?

        Deus tem um Propósito para a humanidade, Ele nunca mudou de plano, nunca desistiu de ser Pai de uma família de muitos filhos semelhantes a Ele para a sua glória, e, devemos ter o entendimento de que tudo o que fazemos na igreja é para cooperar com este Propósito. Chamamos a este plano de Deus de Propósito Eterno porque já estava no coração dEle antes da fundação do mundo.


         Com que Propósito Deus criou o homem?


       "Ele queria uma família de filhos semelhantes a Ele para a sua glória"(Gn 1.26; Gn 5.1; Mt 5.48). Uma família com o caráter dEle, que expressasse seu amor, sua santidade, sua imagem e semelhança.


         O que deu errado no plano?



         O homem se rebelou (Rm 3.12; Ec 7.29; Gn 3.1-6;), se estragou, se tornou inútil para o Propósito de Deus, se fez inimigo de Deus, deixou de ser filho e perdeu a Sua imagem. O homem passou a ser alvo da ira de Deus e merecedor do castigo eterno, foi afastado da presença de Deus. Com o pecado, o homem não era mais do jeito que Deus o fez. Estragado e sem a vida e caráter de Deus, não podia mais fazer parte do Propósito Eterno, pois se tornou outra criatura. Adão e todos os seus descendentes estão apodrecidos pelo pecado.


         Deus desistiu?



         Não desistiu (Hb 6.17; Is 46.10). Como aquela raça estava estragada e Deus não desistiu do seu Propósito Eterno de ter "uma família de filhos semelhantes a Ele para a sua glória", a solução foi criar uma nova raça através do "novo nascimento"(1 Co 15.45-49). 



         A salvação do homem é o Propósito Eterno de Deus?



        Não, definitivamente não. A salvação foi o meio que Deus providenciou para criar uma nova raça e assim cumprir o seu Propósito Eterno. Ele enviou seu Filho Jesus, o último Adão. O primeiro Adão se tornou rebelde, independente de Deus. O último Adão, Jesus, sempre fez a vontade do Pai, sempre lhe agradou e foi obediente até a morte (Jo 4.34; 8.29; Fp 2.8). Portanto, em Jesus Cristo, o Pai Eterno providenciou o meio de trazer o homem de volta ao seu Propósito Eterno, salvando-o, e, fazendo do seu Filho primogênito o cabeça de uma nova criação.
        Para o apóstolo Paulo a salvação não era um fim em si mesma. Ele acreditava na importância vital da salvação como um meio de trazer o homem de volta ao Propósito Eterno de Deus. Ele sabia que o Propósito de Deus era a família eterna (Ef 1.4-5; Rm 8.28-29). Ele entendia que seu trabalho não consistia apenas em resgatar o homem, mas em apresentá-lo perfeito em Cristo (Cl 1.28; Gl 4.19).
        A salvação é portanto, o meio que Deus providenciou para criar uma nova raça de homens semelhantes a Ele para a sua glória.


        Jesus é a imagem e semelhança do Pai?



        Sim, Ele é como seu Pai, perfeito, amoroso, misericordioso, justo, manso e humilde. Então o Propósito Eterno de Deus pra nós é que sejamos semelhantes a Jesus, UMA FAMÍLIA DE FILHOS SEMELHANTES A JESUS PARA A GLÓRIA DE DEUS PAI(Rm 8.28-29).
        Uma família - nos fala de unidade. Dentro do Propósito Eterno de Deus está ressaltada a sua vontade de que sejamos UM (Jo 17.21-23; Ef 4.1-6).
        Filhos - nos fala de multiplicação. Deus quer uma grande família, muitos filhos. Dentro do Propósito Eterno de Deus está intrínseco a necessidade da PROCLAMAÇÃO (Mt 28.18-20).
        Semelhantes a Jesus - nos fala de edificação. Deus quer quantidade, mas também exige qualidade de vida e o modelo é Jesus (1 Jo 2.6; Mt 11.29; 1 Pe 1.15; Jo 13.14-15,34; 17.18; Cl 3.13).



         E nós, os salvos?



         O Propósito Eterno de Deus é o nosso chamado, é a nossa vocação!!! Todos fomos chamados para ser filhos de Deus e fomos chamados para ser semelhantes a Jesus (2 Tm 1.8-9; Rm 8.28-29; Ef 1.18; 4.1; Fp 3.12-14; 2 Pe 1.10). 

        O Propósito Eterno de Deus é o norte da igreja, é o norte de cada discípulo, é o alvo, é a soberana vocação, é o supremo chamado de Deus pra nós. Somos cooperadores no propósito de Deus, e, cada pessoa que é feita filha de Deus deve ser conduzida pela igreja à ser semelhante a Jesus, para a glória de Deus Pai, ALELUIA!!!
         Colossenses 1. 27-28: O mistério que esteve oculto durante épocas e gerações, mas que agora foi manifestado aos seus santos. A eles quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vós, a esperança da glória.
        
         Por Helmo Albuquerque

terça-feira, 4 de agosto de 2015

sexta-feira, 3 de julho de 2015

O EVANGELHO DO REINO

            O que é o evangelho do reino? Por certo não é uma denominação (instituição religiosa), ou um "ministério" como é chamada uma instituição evangélica nos dias atuais. Pois bem, o que vem a ser o "evangelho do reino"? São as boas notícias do governo de Deus sobre os homens.

             A expressão "evangelho do reino" aponta para o ponto central da pregação de Jesus e dos apóstolos, ou seja, o governo de Deus sobre cada ser humano. É o fim da rebelião de cada ser humano que crê em Jesus. É o fim da independência de cada pessoa que crê em Jesus. O homem deixa de reinar sobre a sua própria vida e a entrega ao governo de Deus. O evangelho do reino é portanto o governo de Deus sobre nós.
             O pecado original é a rebelião, a independência de Deus, assim o evangelho do reino é a resposta de Deus ao pecado, é a solução para o homem rebelde voltar a ser amigo de Deus e se submeter novamente à Ele. O evangelho do reino é o governo de Deus sobre nós.
             Expressões tais como "quem manda em minha vida sou eu" ou "eu sou dono do meu nariz", e, "faça o seu que eu faço o meu", "não se meta na minha vida" e outras mais, revelam a rebelião (independência) do homem para com Deus. Nota-se nessas expressões que o "eu" está no centro do homem rebelde, que vive fazendo a sua própria vontade e está afastado do plano de Deus.
             Já notou a quantidade de gente rebelde que tem dentro das sinagogas modernas? É gente que está em todos os cultos, gente que dá estudos bíblicos, gente que lidera departamentos, gente que pastoreia, mas que é "independente de Deus". Gente arrogante, soberba. Gente que não aceita o tratamento na sua vida pessoal. Gente muito religiosa, mas totalmente independente de Deus. Observo 3 tipos de pessoas no mundo, são elas: o incrédulo, o religioso, e o discípulo.
             1. O incrédulo - é a pessoa que vive como se Deus não existisse. Até diz crê em Deus, porém vive totalmente afastado de Deus. Para essa pessoa, tudo gira entorno dela (família, amigos, trabalho, colegas, etc), tudo existe para a sua satisfação pessoal. O "eu" é o centro da vida do incrédulo.
             2. O religioso - é a pessoa que fala muito em Deus, frequenta regularmente as reuniões da sua igreja, faz orações, canta louvores, dar estudos bíblicos, entretanto o seu "eu" ainda está no centro, é governada por si mesma e não por Deus. Pra o religioso, tudo gira entorno dele, até mesmo Deus que é o seu garçom e abençoador. O "eu" é o centro da vida do religioso.
            3. O discípulo - é a pessoa que ouviu o evangelho do reino, creu em Jesus, negou a si mesmo, tomou a sua cruz, perdeu a sua vida e renunciou a tudo quanto tem. É a pessoa que deixou de ser independente para ser dependente de Deus. Abandonou a rebelião e se submeteu ao governo (reino) de Deus. Família, amigos, bens materiais, trabalho e ele mesmo gira entorno de Deus e da sua vontade. Deus é o centro da vida do discípulo.
            Outros "evangelhos" têm sido pregados por aí, todos centralizados no homem e nas suas necessidades, mas somente um é o evangelho de Jesus e ele é o evangelho do reino. Falsos mestres, falsos pastores, falsos profetas se multiplicam por aí anunciando o evangelho do homem em suas múltiplas faces: teologia da prosperidade, teologia da libertação, teologia da lei, teologia liberal, todas centralizadas no homem, e não resolvem o problema central do ser humano que é a independência de Deus.
            Só existe uma pregação que faz verdadeiros discípulos de Jesus, é a pregação do evangelho do reino. Pregue outro evangelho e não estará salvando ninguém, mas estará enchendo a congregação de "cabritos".
            Pastor, desça do púlpito e vá conhecer os jovens da sua igreja, mas cuidado pra não ter um infarto com o susto que vai tomar! Que acordo maligno é esse onde o pastor finge que pastoreia e os "irmãos" fingem que obedecem!? A pornografia, a lascívia e a fornicação são pecados absolutamente presentes na vida dos jovens "crentes". Homens adultos (oficiais) viciados em pornografia e adultério. Gente fofoqueira e que causa brigas. Gente que acha que pode fazer o que quiser só porque é dizimista! Se você enxerga muita gente assim na sua igreja, então, comesse a pregar o verdadeiro evangelho.
            Base bíblica: “Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia pregando o evangelho de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” Mc 1:14,15
             “Logo depois disso, andava Jesus de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e iam com ele os doze,” Lc 8:1
            “Mas, quando creram em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus e do nome de Jesus, batizavam-se homens e mulheres.” At 8:12
            “Paulo, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses, discutindo e persuadindo acerca do reino de Deus.” At 19:8
            “E chamando a si a multidão com os discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, salvá-la-á.” Mc 8:34,35
             “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também ã própria vida, não pode ser meu discípulo. Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo.” Lc 14:26,33

            Por Helmo Henrique Amparo Albuquerque

domingo, 28 de junho de 2015

DO REUNIONISMO AO RELACIONAMENTO– por Ivan Baker


Os métodos de trabalho que vínhamos usando na obra do Senhor sempre produziram frutos débeis e fracos em sua maioria. Os métodos que desenvolvíamos para a evangelização, edificação e conservação dos frutos, mesmo que tenham produzido alguns frutos, observamos que não eram os mais corretos, nem os mais bíblicos.
Se observarmos bem, a finalidade de todas as campanhas, é que as pessoas assistam as reuniões. Para a edificação delas contamos com: a) escola dominical; b) pregação do Pastor; e nisto descansa toda a edificação delas.
Os pontos débeis são: a) o trabalho é demasiadamente impessoal; b) depende de homens muito hábeis; c) é pouco eficaz na formação de novos lideres; d) não promove a participação de todo o corpo de Cristo.
Notamos que os apóstolos sem campanhas de evangelização programadas, sem construir templos, sem criar seminários, obtinham resultados muito melhores que os nossos, tanto em qualidade quanto em quantidade.
Não existia a imprensa, não podiam repartir bíblias, não haviam meios massivos de comunicação, não tinham veículos, gravadores, não contavam com uma missão estrangeira para sustenta-los, não tinham lugares para retiros espirituais, etc.
Que segredo tinham para ter semelhante êxito? Qual era sua forma ou modo de trabalhar?
Devemos voltar a nossa origem, devemos deixar nossos métodos e voltar a pratica apostólica.
Gostaria que a obra fosse atrasada em 2000 anos!
1. Do reunionismo ao discipulado

O Senhor não disse: “Ide e fazei reuniões em todas as nações”, mas sim “fazei discípulos em todas as nações”. Tínhamos todo o tipo de reunião, de evangelismo, de oração, de estudo bíblico, de escola dominical, de senhoras, de senhores, de jovens, de adolescentes, de comissões, etc. Mas não tínhamos discípulos. Gastávamos nossas energias num sem número de atividades e não estávamos fazendo o essencial, formar discípulos.
Afinal tínhamos tantas reuniões que não tínhamos tempo para fazer outra coisa. Mas a mudança veio!
Custou muito caro, porem mudamos! O ministério pastoral púlpito/congregação se modificou para um relacionamento discipulador/discípulo.
Isto significa entender que o nosso ministério principal consiste em concentrar-nos em poucos (Jesus tinha doze). Conhece-los, ama-los, dar-lhes nossa vida, nosso lar, conviver com eles, ser exemplos, abençoa-los, repreende-los, instruí-los, compartilhar suas cargas, chorar com eles, rir com eles, assumir autoridade, velar e ensinar sobre todas as áreas da vida, tais como, família, trabalho, sexo, caráter, negócios, estudos, oração, testemunho, etc.
“Fazer discípulos” significa formá-los, guia-los a maturidade e comissiona-los para que eles façam o mesmo com outros.
Reconheço que é mais fácil fazer 100 reuniões que formar um discípulo. Isto não significa que não fazemos mais reuniões, mas sim que fazemos menos reuniões com o fim de dedicar-nos a esta tarefa absorvente.
Quanto menor o número maior a benção. Alguém com problemas na fala poderia ser pastor na igreja do primeiro século.
Observação: o ministério não se desenvolve através de reuniões, mas sim de relacionamentos. Jesus nunca foi homem de púlpito, era homem de relacionamentos, de convivência (Mc 3.14).
2. A igreja é formada por discípulos

Quero insistir sobre o evangelho que pregamos, pois é ele que irá produzir a classe de discípulos que queremos, ou seja, frutos permanentes. A porta deve ser estreita, pois quem entrar não quererá sair pelos fundos.
Discípulos são aqueles que amam a Cristo acima de qualquer coisa, são mansos e dóceis ao ensino da palavra. Não são como cabritos, mas sim como ovelhas. É gente que frutifica, não é gente que se senta nos bancos para ouvir boas mensagens.
Jesus nunca apontou os sinais de poder e maravilhas como característica de seus discípulos, mas sim o amor. Há diferença entre sinal acompanhante e evidência que caracteriza. Embora Jesus tenha dito que os sinais acompanham os que creem nEle, não disse que a característica de um discípulo é que seja acompanhado por sinais, isto porque ele sabia que estes sinais de poder também seguiriam os que não eram seus discípulos (Mt 7.22-23; 1 Ts 2.9).
Quero que o poder carismático acompanhe o meu ministério, mas isto nunca será para mim, uma evidência que me caracteriza como discípulo de Cristo.
Somente o amor é uma característica definitiva.
O diabo pode imitar os sinais e prodígios, o esforço e a dedicação, o zelo e muitas outras coisas. Só não pode imitar o amor!
O discipulado está baseado nisto: um coração entregue ao Senhor.
Quem foi Ivan Baker?
28/08/1922 – 30/12/2005
Nem todos vão conhecer o nome Ivan Baker. Na atual geração evangélica no Brasil, muitos nem mesmo reconhecerão o nome discipulado ou o mover de Deus associado a ele. O fato, porém, é que a igreja do Senhor aqui e pelo mundo afora foi tremendamente impactada por esse mover de Deus na Argentina, que começou por volta de 1967 e tem contribuído substancialmente, até hoje, para o processo de reforma da igreja e restauração de partes importantes da nossa herança que haviam sido perdidas durante os séculos passados. (Para uma abordagem mais completa desta parte da história da Igreja no século XX, veja A História Que Não Foi Contada, por John Walker e outros, Worship Produções, capítulo 8.)
Ivan Baker, um dos líderes que Deus usou nesse mover, faleceu no penúltimo dia do ano de 2005. Sem dúvida alguma, viveu “uma vida de impacto”, não só na sua igreja ou cidade, mas aonde quer que fosse, inclusive aqui no Brasil.
A seguir, embora de forma muito limitada e resumida, alguns fatos e aspectos importantes sobre sua vida.
Dados biográficos
Nascimento: 28/08/1922, em Villa Maria, Córdoba, Argentina, filho de missionários ingleses.
Conversão: aos 15 anos de idade.
Chamado do Senhor: com aproximadamente 25 anos de idade. Depois de mudar-se para Buenos Aires, participou de uma reunião numa congregação dos Irmãos Livres e, enquanto ouvia o sermão sentado no último banco, Deus lhe perguntou: “Ivan, em que estás pensando?”. Envergonhado, respondeu honestamente que estava pensando que podia pregar melhor do que a pessoa lá na frente. Deus, então, lhe disse: “Não, Ivan, tenho para ti um púlpito maior”. Ele se sentiu orgulhoso de que fosse assim.
Mas a sua surpresa maior aconteceu no dia seguinte enquanto viajava para o trabalho num ônibus. Ali ouviu uma vez mais a voz de Deus que agora lhe dizia: “Ivan, este é o teu púlpito”. Foi assim que Ivan recebeu o chamado do Senhor para ganhar almas perdidas em todo o lugar para onde fosse, onde quer que se encontrassem os pecadores.
Esse chamado Ivan cumpriu até a sua última semana de vida, de acordo com seu filho, Danny Baker. Não havia funcionário de estação, garçom, policial que não ouvisse dele a palavra do Senhor. Ele não precisava de tempo para a obra. O seu ir e vir cotidiano era o instrumento que lhe permitia entregar a palavra.
Casamento: em 1955, com Eslava (Glória), filha de imigrantes da Bulgária. Tiveram três filhos: Mônica, Alex e Danny.
Contribuição no Ministério
Ivan Baker foi um evangelista durante toda sua vida. Nunca perdeu seu fervor nem sua “prática” de levar a palavra da vida diretamente aos perdidos. Nunca passou essa responsabilidade a outros “subordinados”. No entanto, não era um evangelista que se preocupava somente com a conversão. Com 42 anos, sentiu-se incomodado com a diferença entre o cristianismo da igreja que pastoreava e o da igreja primitiva. Começou a buscar a Deus com coração aberto e a reaprender tudo. Foi a partir daí que descobriu o batismo no Espírito Santo e a palavra discípulo. Viu que a salvação é o princípio de um grande caminho de transformação.
Não conseguindo, a princípio, passar o que aprendera para a sua igreja, Ivan começou a colocá-lo em prática em sua própria casa. Convidando vizinhos para tomar café, no primeiro ano já havia ganhado 70 para Cristo e estava discipulando-os de acordo com a nova luz que recebera. Finalmente, apresentou algumas pessoas deste novo grupo à sua igreja. Ao ver a maturidade e crescimento desses recém-convertidos, os antigos crentes se humilharam e se dispuseram a aprender.
Foi assim que começou uma parte da revolução que abalou Buenos Aires e muitos outros lugares. Enquanto outros líderes se destacaram em aspectos teológicos ou como articuladores do que Deus estava fazendo, Ivan Baker contribuiu com a parte prática, demonstrando como conduzir os novos convertidos a uma vida fundamentada no caráter de Jesus.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

BATISMO E CEIA DO SENHOR - ATOS PASTORAIS OU ATOS DA IGREJA?

     
       Perguntinha que deixa muita gente irritada. Temos muitas tradições que não vieram de Jesus e os seus apóstolos, mas elas já estão aí a tanto tempo que parece que foram ensinadas por eles. Será?
     Aquilo que o Senhor ensinou e que foi divulgado pelos seus discípulos é o que devemos seguir, as tradições deixadas por Jesus. As tradições criadas por homens podem vir de costumes culturais ou de má interpretação das escrituras sagradas. Elas se tornam tão fortes que, nos impedem, muitas vezes de entender a vontade de Deus. Se tornam como um véu muito espesso que nos impede de enxergar o que Deus quer.
     Uma tradição muito forte pode fazer com que um homem de Deus diga "não" para uma ordem do próprio Deus. Pedro fez exatamente isso!!! Ele subiu no terraço da casa em que estava hospedado para orar, era por volta do meio dia, então sentiu fome, mas a comida não estava pronta. Enquanto orava, teve um êxtase, e, viu o céu aberto e um lençol enorme que descia para a terra, amarrado pelas quatro pontas. No lençol, tinha todo tipo de quadrúpedes, répteis e aves do céu, então, Pedro ouviu uma voz que lhe disse: "Levanta, mata e coma." O que Pedro respondeu ao Senhor? Ele disse que de modo nenhum comeria, pois jamais havia tocado em coisa impura ou imunda. Jesus nunca tinha ensinado isso à Pedro, então, quem o ensinou? Era uma tradição que havia sido passada de pai para filho, e, que ninguém questionava.
      O que você faria se estivesse na situação de Pedro? O que você faria hoje, se uma tradição que você tem como verdade absoluta, fosse questionada pelo ensino de Jesus e seus apóstolos? Será que você faria como Pedro e diria "não" à ordem do Senhor? Continuaria seguindo uma tradição humana, ou, seguiria um princípio ensinado por Jesus e seus apóstolos?

                     O QUE DIZ A NOSSA TRADIÇÃO?


      É senso comum que somente os pastores podem ministrar o batismo e a ceia do Senhor na igreja. Essa tradição virou lei, e quem a desobedece, sofre sanções que vão de advertência a exclusão. Essa tradição está na seção III do Regimento Interno da UIECB, das funções, privilégios e deveres do Ministro e do Pastor. Essa lei (tradição) está de acordo com o princípio do Sacerdócio Universal de Todos os Santos? Está de acordo com a prática de Jesus? Está de acordo com a prática dos apóstolos?

       Nada tenho contra os pastores, tenho tudo a favor da função pastoral, e sei da sua importância vital para a igreja. Mas acredito que a verdade nos liberta. Assim, o que escrevo, não é contra pastores, embora alguns vão preferir acreditar que é. O Senhor conhece o meu coração, e sabe que não minto. Escrevo para desmistificar uma visão, ao meu ver, equivocada do funcionamento da igreja do Senhor.

                COMO SURGIU ESSA TRADIÇÃO?


     O Novo Testamento não menciona a existência de um ofício sacerdotal na Igreja. Essa ideia não surgiu com os apóstolos. Veio posteriormente com os escritos de Clemente (ministério cristão composto de sumo sacerdote, sacerdote e levita), também na Didaquê chamando os profetas cristãos de "nossos sumos sacerdotes", Tertuliano e Hipólito se referiam aos líderes cristãos como "sacerdotes e sumos sacerdotes". Mais tarde essa ideia viria a criar a anticristã distinção entre "clero e leigos", abraçada pela igreja romana e herdada por nós evangélicos.

      Na prática, ainda somos como a igreja romana, ou seja, o sacerdócio se limita apenas a uma classe privilegiada de pessoas, e, isso é uma das causas de termos tantos crentes fracos, sem entendimento espiritual e sem fazer discípulos para Jesus.
      Lutero combateu a maldita separação entre "clero" e "leigos", porém, as igrejas reformadas continuaram com essa prática estranha ao evangelho.

                 O QUE DISSE O REFORMADOR?



      Como já disse, a igreja estava dividida em duas classes (castas), clero e leigos. Lutero rompeu com isso. "Para ele, todo cristão batizado é um sacerdote, e, assim os ofícios sacerdotais são propriedade comum de todos os santos, portanto, não há prerrogativa especial de uma casta seleta de homens santos" (Timothy George). O reformador enumerou sete direitos que são de toda a igreja, são eles: pregar a Palavra de Deus, batizar, celebrar a santa ceia, carregar as chaves do Reino, intercessão, fazer sacrifícios e julgar a doutrina. Ele se baseou em 1 Pe 2. 5 - 9 e Ap 1. 6.
      A Igreja de Jesus não começou com os reformadores, ela começou com os apóstolos. O que Lutero fez foi restaurar uma doutrina ensinada por Jesus e por seus apóstolos. 
      A igreja romana diz que as Escrituras Sagradas só podem ser interpretadas pelo magistério da igreja, ao que Lutero combateu com veemência. Na prática, nós, os evangélicos temos um grupo de "pessoas especiais" que interpretam a Bíblia para nós, igual aos romanos., a essas pessoas chamamos de teólogos. Mas as Escrituras não são entendidas por elucidação humana, não é por sabedoria ou inteligência humana, é sim, por revelação espiritual. Vejamos o que diz a própria Escritura: "Naquela ocasião, em resposta Jesus proclamou: 'Graças te dou, ó Pai, Senhor dos céus e da terra, pois escondestes estas coisas dos sábios e cultos, e as revelastes aos pequeninos. Amém, ó Pai, pois assim foi do teu agrado" (Mt 11. 25-26); "Mas vocês tem uma unção que procede do Santo, e todos vocês tem conhecimento.., quanto a vocês, a unção que receberam dele permanece em vocês, e não precisam que alguém os ensine, mas, como a unção dele recebida, que é verdadeira e não falsa, os ensina acerca de todas as coisas, permaneçam nele como ele os ensinou" ( 1 Jo 2. 20, 27);  "Nós não recebemos o espírito que vem do mundo, mas sim, o Espírito que vem de Deus, para que saibamos as coisas que por Ele nos foram dadas gratuitamente; as quais também anunciamos, não com palavras pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito, comparando coisas espirituais com espirituais" (1 Co 2 12 - 13). Em Atos 4. 13, vemos como o sumo sacerdote e as demais autoridades, todos homens cultos e letrados, se admiraram com Pedro e João, que eram "comuns e sem instrução", visto que Pedro por revelação espiritual lhes mostrou que Jesus era a pedra angular que os profetas falaram.  
         
          O QUE DIZEM AS ESCRITURAS SAGRADAS?

      Moisés sabia qual a vontade de Deus para todo o povo, ele conhecia o propósito de Deus. Em Êxodo 19. 5 - 6 está escrito: "Agora se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda a terra seja minha, vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa."  Moisés entendia que o Espírito de Deus era pra ser derramado sobre todo o povo, Números 11. 29: "Você está com ciúmes por mim? Quem dera todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor pusesse o seu Espírito sobre eles." O profeta Isaías falou no capítulo 61. 6: "Mas vocês serão chamados sacerdotes do Senhor e ministros do nosso Deus."  Já no Antigo Testamento, Deus revelou o seu desejo ao povo, mas o povo não quis servir em Sua presença, e, nos dias de hoje não é muito diferente, o povo de Deus, ainda prefere ter Moisés e, como Israel resistia em estar na presença de Deus, hoje a igreja rejeita o seu serviço na presença de Deus, confiando todo o trabalho nas mãos de poucos Moisés.
     É bom saber que a vontade de Deus se cumpriu em Cristo e não podemos mais fugir desta realidade, somos todos reis, profetas e sacerdotes. Agora podemos entrar com ousadia no Santo dos Santos, o véu foi rasgado, Hebreus 10. 19 - 22: "Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que Ele nos abriu por meio do véu, o seu corpo. Temos pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com o coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada, e tendo os nossos corpos lavados com água pura."  TODO AQUELE QUE NASCEU DE NOVO E FOI BATIZADO EM CRISTO, É UNGIDO DE DEUS!!! Não há exceção. Não há castas especiais.
        Outras passagens bíblicas:
        1 Pe 2. 4 - 10:  À medida que se aproximam dele, a pedra viva — rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele — vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo. Pois assim é dito na Escritura: "Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será envergonhado". Portanto, para vocês, os que creem, esta pedra é preciosa; mas para os que não crêem, "a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular", e, "pedra de tropeço e rocha que faz cair". Os que não creem tropeçam, porque desobedecem à mensagem; para o que também foram destinados. Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam.
        Ap 1. 5 - 6: e de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra. Ele que nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue, e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém.
       Ap 5. 9 -10: e eles cantavam um cântico novo: "Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra".
       Ef 4. 6: um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.
       
       AO CHEGAR ATÉ AQUI, VOCÊ JÁ CONSEGUE RESPONDER A PERGUNTINHA?

    Jesus tinha muitos discípulos, não apenas doze, mas muitos e muitos. Jesus era o pastor deles, e, como pastor, supõe-se que ele é quem batizava os convertidos. Será?
    Jo 4. 2:  Os fariseus ouviram falar que Jesus estava fazendo e batizando mais discípulos do que João, embora não fosse Jesus quem batizasse, mas os seus discípulos.
    1 Co 1. 14 - 17:  Dou graças a Deus por não ter batizado nenhum de vocês, exceto Crispo e Gaio; de modo que ninguém pode dizer que foi batizado em meu nome. ( Batizei também os da casa de Estéfanas; além destes, não me lembro se batizei alguém mais. ) Pois Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não com palavras de sabedoria humana, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada. Cristo, Sabedoria e Poder de Deus.  
Obs: se Paulo só batizou uns poucos em Corinto, quem batizou os outros?
     Em Atos 2. 38 - 41 mostra que cerca de três mil pessoas foram batizadas no mesmo dia, quem batizou toda essa gente? Atos 8. 12, Felipe que não era apóstolo e nem pastor estava batizando. Atos 9. 17 - 18, Ananias, um discípulo (v 10) como eu e você, foi enviado por Deus para batizar a Paulo. Atos 10. 44 - 48, Pedro foi à casa de Cornélio e pregou o evangelho. Cornélio e toda a sua casa se converteu. Então, Pedro viu que eles precisavam ser batizados, e, ordenou aos judeus convertidos que o acompanhavam que batizassem a Cornélio e toda a sua casa.
     Nem Jesus e nem os seus apóstolos determinaram que batismo e santa ceia fossem realizados apenas pelos ministérios específicos de efésios 4. 11. É um serviço da Igreja, um serviço de todo o povo de Deus, um serviço de cada discípulo de Jesus, como ele mesmo ordenou em Mateus 28. 18 - 20: Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".

         QUE NOS TORNEMOS CONGREGACIONAIS TAMBÉM NO SERVIÇO DOS SANTOS, DE TODOS OS SANTOS, PARA A GLÓRIA DE DEUS PAI!!!


Por Helmo Henrique Amparo Albuquerque